Há pessoas que têm esse estranho condão sobre os outros. Pessoas que só com a sua presença conseguem impregnar- nos de alegria. Não interessa o que dizem ou o que fazem, basta olharmos para elas e sentimos que estamos, não diria nas nuvens, mas num local onde raramente nos encontraríamos se essa pessoa não entrasse nas nossas vidas. Despertam- nos desejos, de muitas formas ou feitios. Não o desejo carnal em si, mas um desejo bem mais importante: o desejo de uma companhia para o bem e para o mal, para agora e para sempre. Muitas delas não sabem que produzem tais efeitos, continuam as suas vidas e seguem em frente. Seguir em frente é parte da vida, mas, sentimos que quando elas partem também partem partes que gostaríamos de encaixar na nossa vida. Sim, porque a vida é feita de puzzles, não daqueles com um determinado número de peças, mas um puzzle que vai aumentando consoante vamos vivendo, sem uma caixa onde possamos ver o resultado final. Mas, caso existisse algo por onde nos pudéssemos guiar, talvez encontrássemos, em vez dos habituais avisos «para crianças a partir dos 4 anos» encontraríamos «desde o nascimento até á morte».
Como eu gostava que certas pessoas conseguissem ser peças desse puzzle.
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