domingo, 27 de janeiro de 2013

Sarah Brightman - Dreamchaser [Review]


Data de lançamento: 16 de Janeiro [Japão]
Género: Crossover*/Música Clássica
País: Reino Unido
Classificação: 

Tracklist [Versão Japonesa]:
01 Angel
02 One Day Like This
03 Glósóli
04 Lento E Largo
05 B612
06 Breathe Me
07 Ave Maria
08 Éperdu
09 A Song Of India
10 Venus And Mars
11 Kaze No Toorimichi [Faixa Bónus] 

*Para quem não conhece do que trata este estilo musical, uma pequena definição pode ser encontrada AQUI.


Quando se fala em cantores camaleónicos os primeiros nomes que surgem na cabeça das pessoas são muitas das vezes o de Madonna e David Bowie. Poucos irão reconhecer em Sarah Brightman a cantora camaleónica que deveras é, reinventando-se a cada novo álbum.
Lembro-me de em 2008 ver um spot do álbum "Symphny" com a música "Fleurs Du Mal" e desde então devorei todos os seus álbuns de originais. 

"Dreamchaser" é lançado quatro anos após "A Winter Symphony" e como seria de esperar marca uma mudança de estilo para com o seu predecessor. Sarah será a primeira cantora profissional a estar no espaço em 2015 quando irá visitar a Estação Espacial Internacional. Tal factor parece ter influenciado a sonoridade de "Dreamchaser" que se apresenta mais atmosférico e inconsistente do que os álbuns anteriores [e até mesmo a própria capa do álbum apela a essa referência], lembrando as colaborações da cantora com a banda alemã Gregorian e alguns temas lançados em "Symphnoy" como "Sanvean" ou "Schwere Traume". Exemplos disso são os singles lançados, "Angel", "One Day Like This" e faixas como "B612" ou "A Song For India".

No entanto, álbum de Sarah Brightman que se preze, tem também incursões pela música clássica "Ave Maria"; "Lento E Largo" e covers de temas já conhecidos: "Glósóli" [Sigur Rós]; "Breathe Me" [Sia Furler] ou "Venus And Mars" [Paul e Linda McCartney].

Mas mesmo usando todos os ingredientes dos seus anteriores álbuns "Dreamchaser" não os consegue conjugar de forma a criar um álbum sólido, sendo um conjunto de canções bastante insbustanciais. A voz de Sarah Brightman continua fantástica como sempre [opinião de um fã, há quem a considere uma voz banal e sobrevalorizada], existem passagens verdadeiramente soberbas [a secção de cordas de "Breathe Me" dos 2:30 aos 3:10 minutos ou "Venus And Mars"] no entanto a insbustancialidade é um factor reinante e fica a impressão de que desta vez, Sarah Brightman terá levado a experimentação um pouco longe de mais.

Este não é um álbum que aconselhe para aqueles que queiram conhecer o trabalho desta cantora, se for o caso ouçam antes "Fly" de 1996, "Eden" de 1998 ou o já referido "Symphony" lançado em 2008. "Dreamchaser" só vem provar mais uma vez a vertente camaleónica de Sarah e a conjugação que esta consegue fazer entre o mundo pop e clássico, tudo embalado pelo embrulho já muito conhecido de orquestrações sólidas e a sua voz única.


"Angel" lançado a 15 de Outubro do ano passado como single de avanço de "Dreamchaser".



4 comentários:

  1. ohhh eu adoro as músicas dela! tenho um dvd de um concerto dela e via tantas vezes com o meu pai, os cenários são brutais!

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  2. O QUÊ?! Mas tu eras uma das pessoas que sabia a minha idade :o

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  3. Eu não acho que o álbum seja insubstancial, longe disso. Desta vez optou por uma sonoridade mais atmosférica, menos pop, que também combina muito bem com a sua voz. É uma cantora que muda a cada álbum, que não se repete - e neste momento da sua carreira, já é uma senhora com o direito a arriscar.
    Gosto das tuas reviews ;)

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  4. Pra quem gosta de new age o Dreamchaser é um prato cheio... não curti o cd... achei uma mesmice do começo do a fim. Sarah não solta a voz e a única música que consegui curtir um pouco foi One day like this... as outras são chatas... B52 é um sono...Enfim, essa minha opinião pessoal. Nada impede que outras pessoas achem o cd uma obra prima. Infelizmente pra alguém como eu, que acompanha o trabalho da Sarah há anos, Dreamchaser deixou a desejar...

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