quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Sobre As Relações À Distância


Ontem ao ler um post da Wendy sobre um relacionamento que começou no Instagram dei por mim a pensar na quantidade de vezes em que pensei ter encontrado alguém do outro lado do monitor com quem não me importaria de passar para algo mais físico. Não foram poucas [e não foram muitas, como diria a senhora dos apanhados]. Já conheci pessoalmente muitas pessoas com quem inicialmente apenas tinha contacto virtual e nenhuma delas durou mais do que o tempo suficiente para ambas as partes perceberem que dali não sairia nada de bom. Mas para que tais encontros se dessem era preciso criar o ambiente propício para que o convite para os mesmos fizesse sentido. E é aí que acredito estar o problema, uma pessoa para se fazer minimamente merecedora de ser vista pessoalmente, de despertar desejo na outra parte que esta sinta esse ímpeto, se tiver inteligência para isso, irá recorrer a palavras que não são nem nunca irão ser as suas. 

Existem sempre as inevitáveis falências pelo impossível, por aquelas pessoas que não podemos ter mas que de alguma forma nos conquistam de alguma maneira. Como alguém que se assume como cobarde por Natureza não teria nunca a coragem de sair do país, de sair da minha zona de conforto para conhecer alguém que me tivesse despertado interesse que morasse no outro lado do Globo. Por duas, três vezes acredito ter sentido verdadeiramente essa vontade de fazer as malas e ir ao encontro desse alguém. Mas também de muitas outras vezes tive mostras suficientes de que as palavras que se dizem hoje, amanhã podem não ser nada e depois de amanhã já estão esquecidas no fundo de uma gaveta que ninguém quer abrir mais.

Por mais do que uma vez tive mostras de algo que mencionei aqui há tempos, da mudança de paradigmas de beleza pelo Globo fora, o que para o comum dos Latinos é execrável, para um Asiático é a aparência há muito procurada. É sempre engraçado [e aumenta um pouco um ego que já de si é baixo] ver-se pessoas de lugares completamente aleatórios [Argélia, Reino Unido, Canadá, Brasil, etc] a afirmarem encontrarem em mim uma projecção do homem que querem para si, algo que agradeço mas em que não acredito. Simplesmente por que como já disse, as palavras são usadas para um fim específico e quando o pior exemplo é a minha pessoa então aprendo a temer muito mais o que as outras pessoas possam fazer com as mesmas armas que são usadas por  mim. 



14 comentários:

  1. Quantas vezes já te apaixonaste a sério?

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    1. essa é uma pergunta com rasteira, depois de as coisas passarem uma pessoa pode sempre dizer aquilo que quiser de modo a que não pareçamos mais estúpidos que aquilo que fomos na altura.
      dizem que não há "amor" como o primeiro né? então eu acho que foi assim mesmo comigo também, nestes anos todos só chorei por causa de uma pessoa e acho que aí é verdade, acho que era amor mesmo, foi uma frustração do tamanho do Mundo.

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  2. Num tempo em que não havia internet nem telemóveis, eu tive um relacionamento à distância: eu conheci-o em Madrid e durante 2/3 anos houve muitas viagens entre as captais de Portugal e de Espanha. Mas eu era uma vintinha, tinha disponibilidade de tempo e paciência! :-)

    Em relação às relações virtuais, eu não acredito. Mas eu sou 'old school', e nem sequer tenho face-coiso... :-)

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    1. hoje em dia as pessoas pensam que o FB ajuda muito aos relacionamentos, nunca encontrei lá nada que me fizesse querer relacionar com quem quer que fosse, aliás até encontro razões para pensar duas vezes no porquê de manter contacto com algumas delas eheh

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  3. É verdade... o primeiro amor. Mas porque não voltas a falar com a pessoa?

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    1. por que já na altura ele tinha namorado e agora acredito que estão casados pelo registo civil.

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  4. Oh, mas vais encontrar outro amor! Acredita, estas coisas acontecem quando menos esperamos :D

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    1. claro, não estou a dizer o contrário, mas perguntaste-me se alguma vez me tinha apaixonado a sério e eu falei-te da primeira pessoa que realmente me fez acreditar nisso tanto que ainda hoje é o dia que se pudéssemos ficar juntos eu não hesitaria um minuto. para além do mais foi algo de que não ficaram más recordações para culpar a outra pessoa e isso é raro acontecer.

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  5. Sim é verdade :D Mudando... viste algum filme novo?

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    1. lol mudança radical. aparte de "A Origem dos Guardiões" vi o Detachment com o Adrien Brody e acho que não quero ver mais "fucked up movies" por um bom tempo, começo a ficar deprimido lol

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    1. esse filme não é com o Daniel Craig? é que se é esse, à primeira não consegui ver aquilo até ao fim, o Daniel pode ser lindo de morrer mas pelo menos naquele filme a interpretação dele é um tédio. à segunda vi o filme mas também não fiquei particularmente impressionado embora o final seja bem original.

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  7. namorei quatro anos virtualmente com alguém que mora a milhares de km de mim, só não deu certo pq o que nos uniu, nos separou: essa mesma ditância... hj não sei se arriscaria novamente. a gente acaba cansando, né :/

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    1. eu canso das pessoas muito rapidamente, talvez seja por isso que ainda estou solteiro.

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