Ontem devo ter recebido a "proposta" de emprego mais interessante de sempre. E veio, hum, da minha antiga empresa.
Sabendo que as pessoas (não só os homens) se apanham pelo estômago, lá lhes fui fazer uma visita e levar um bolo (quem precisa tem de se submeter né?). E num local onde toda a gente passa a vida a comer, querem melhor? E em conversações sobre a época deste ano, pergunta-me a M:
" - Imaginavas-te a trabalhar aqui dentro do escritório?"
Naquela empresa pouco mais alto posso subir. Há uns tempos gostava de ter servido de guia turístico mas rapidamente deixei essa ideia por que em termos de trabalho/ganhos estava muito melhor enquanto vendedor. No entanto meses e meses de calada observação serviram para ver o clima que se vive lá dentro. Dizia-me a M:
" - Eu sei que a A gostava de vir trabalhar connosco mas acho que ela não aguentaria a pressão..."
A pressão que tantas vezes eu via lá dentro, era, basicamente, o "come e cala" que funciona para muita gente, mas que para mim não dá. E eles sabem que eu não deixo nada por dizer...
Outro ponto (dois na verdade) a ter em conta é o fato de não dominar, de todo, o Microsoft Excel e o programa de reservas que utilizam lá dentro.
De qualquer forma não quis dar parte de fraco e informando a M disso mesmo, não disse que "sim" nem que "não", disse um "nim" e deixei o resto nas mãos deles.
Ofereci-me para, se quiserem,, me colocarem lá uns quinze dias à experiência e se a coisa der para o torto, me recambiarem para as bilheteiras outra vez e ficamos amigos na mesma.
Em casa disseram-me que não poderia ter respondido melhor, e eu quero acreditar que sim.
Se por um lado iria ganhar mais (acho eu), não iria apanhar sol, vento e chuva, iria estar a fazer algo mais dentro da minha área de estudos, por outro, o volume de trabalho, as saídas fora de horas, o stresse, tudo isso iria aumentar exponencialmente. E, o dinheiro por vezes não justifica tudo.
No entanto a batata quente agora está do lado deles.
Sem comentários:
Enviar um comentário