Nos últimos tempos não tenho metido conversa com ninguém. Os "interessados" manifestam-se e fazem a sua "oferta" . E muitos são aqueles que nada têm para oferecer. E eu, o que tenho eu para oferecer? Cortar a vertente sexual logo de início afasta muitos candidatos mas faz ficar outros tantos que, dizem eles, não ficam pelo sexo.
Mas sexo não é tabu e acaba por ser um tema como outro qualquer. E para estabelecer barreiras sexuais (que para mim não são barreiras) lá digo o que faço, o que sou obrigado a fazer.
E a partir daí é todo um mundo sexual que se abre em frente de pessoas que, de sexual, "nada" queriam.
O facto de se dizer que está a chover não indica se se gosta ou se se quer mais chuva. É apenas uma constatação de um fenómeno, que poderá (ou não) ter um prolongamento desejado. Assim é a minha "vida sexual" .
Por razões que a própria razão desconhece, a única "relação" que deu certo para mim foi de submissão. E as pessoas adoram isso. Mesmo que há dois minutos se estivesse a falar a respeito de um cenário amoroso, de uma relação equitativa, a verdade é que a parte do momento em que menciono tal facto o Mister Grey que habita dentro de muita gente salta cá para fora.
É quase como se se estivessem a oferecer para nos trocarem um cromo que já temos na colecção. Para se ter mais do mesmo. Ficam surpresos com a recusa.
Existem muitos ideais sadomasoquistas camuflados de boas intenções ou há um desejo de "possuir" o outro dentro de toda a gente que está apenas à espera de ser acordado por alguém que esteja disposto a submeter-se a esse mesmo tratamento?