Odeio não ter estômago (neste caso fígado) no que toca a bebidas. Passada a abertura das prendas, o Senhor meu pai enceta uma garrafa de champanhe e toca de beber duas tacinhas.
Foi muito bom ter permanecido sentado. Não sei se era o adianto da hora acrescido ao sono ou o champanhe a falar mais alto, mas cheguei a um ponto da noite em que já só pedia para ninguém olhar para mim e culpar por ter bebido o equivalente a uma adolescente que foi pela primeira vez à discoteca da aldeia.
Fazer anos no início de Janeiro implica ser-se uma daquelas crianças cuja prenda de Natal é, quase sempre, a prenda de aniversário.
Assim sendo, quando os meus pais me disseram ter comprado uma prenda para mim eu disse:
" - E onde está o carro? É que eu só vejo os dois carros do costume na garagem!"
Claro que não me deram um carro mas ao final do jantar, alguém disse para ir buscar "as prendas" e eu só vi entrarem duas sacas e pelo formato vi logo que eram garrafas.
Ora gente, com 27 anos (nossa) eu só cheguei bêbedo a casa apenas uma vez,e para mal dos meus pecados, eles viram como eu estava.
Por isso, foi com muito espanto que vi isto a sair das sacas:
Em minha defesa, nunca na vida tinha bebido Amêndoa Amarga, mas aprovou.
Quem parece não ter aprovado foi a Senhora minha mãe que me fuzilava com o olhar a cada golinho que dei de cada uma das bebidas.
Convém dizer que estou a escrever isto com umas três horas de sono, por isso se sair mal, depois corrijo.
Convém também dizer que ao longo dos meus vinte e cinco anos de vida (faço vinte e seis dia três, caso queiram dar-me alguma coisinha), só devo ter apanhado duas ou três bebedeiras, o que considero como um recorde pessoal. Mas esta merece destaque por ter sido presenciada por um número maior de pessoas e por se ter dado em vários locais diferentes. Ah e por ter sido à frente dos meus patrões também.
Primeiro, metem-me à beira do borrachão da empresa, que me estava sempre a encher o copo. Eu honestamente não sei que vinho é que estive a beber. Até acho que bebi mais do que uma variedade.
Só sei que, a copadas tantas me levantei, e ia atrás da A pelas escadas do restaurante e só lhe disse:
" - Tu vai à minha frente por que eu tenho um pressentimento de que vou cair..."
Volta e meia, entre o jantar e a sobremesa fomos meia dúzia de nós para uma marquise do dito restaurante e só me lembro de me abraçar à C e de lhe perguntar se sabia cantar a TU ÉS O COMANDOOOOOOOOOOOO
Regressados à mesa, tivemos direito a discurso, por parte de um senhor que estava tão pedrado quanto eu... Convém dizer que os patrões pagaram o jantar a toda a gente, uns fofos.
À saída diz-me a M:
" - Depois passa pelo escritório para ires buscar uma garrafa de vinho do Porto que temos lá para ti. Mas hoje não que já estás bonito.."
Simpática a A e o namorado levaram-me de carro até Campanhã. Perderam-se no meio da auto-estrada e quando falavam comigo, a perguntar se me podiam deixar naquele estado eu batia com os dedos nos bancos e só dizia:
Ciente de que, se ficasse parado à espera da camioneta me deixava cair, experimentei ir a pé até ao Campo 24 de Agosto e o resultado foi este. Com uma caixa de chocolates, que a A me deu, numa mão e um guarda-chuva na outra, começava a andar do lado esquerdo do passeio na Rua do Heroísmo e acabava no meio da rua. Não que os passeios fossem muito grandes, mas eu andava mesmo aos S's.
Já na camioneta peguei no telemóvel e comecei a mandar mensagens ao A, aquelas mensagens que uma pessoa manda quando sabe que não deve:
" - Estou bêbedo e nem assim fazes sentido..."
Seguiu-se uma série de mensagens escritas por ele e por mim, que, da minha parte fariam os guiões das novelas da TVI parecerem sonetos do Camões. Tenho de partilhar algumas pérolas, até por que acho que estive muito bem para a situação graças ao autocorretor. E não disse nenhuma mentira! Ah e vou encontrar-me com ele hoje. Por que sim.
" (...) o que é que tu queres? Comer-me o cu? Nem cu tenho para as calças, quanto mais para ti!"
"(...) és potente como um touro e os touros estão acostumados a cobrir mais do que uma vaca!"
"Se calhar é mesmo verdade aquilo que dizem sobre os carecas. Como nunca tinha estado com nenhum não podia comparar..."
" Já agora que idade tens? Só para efeitos estatísticos..."
Graças a Deus, quando cheguei a casa (e o que me custou subir aquilo tudo aos zieguezagues) já estava toda a gente na cama. Mas bastou ver-me encostado ao caixilho da porta para o Senhor meu pai me dizer:
" - Tu estás bonito estás..."
Não é que eu ache que não estivesse bonito quando cheguei a casa, mas acho que agora estou mais.
Ah e já andei a ver soluções online para disfarçar as olheiras. Quase todas envolvem botox.
Ah, e tenho uma entrevista de trabalho lembram-se? Vai ser um longo dia.
Último dia de curso amanhã em dia de aniversário da formadora = pequeno almoço + almoço fora.
Vai ser giro, a maioria do pessoal já esteve com ela no módulo anterior e a confiança é tanta que todos nos juntámos e lhe vamos oferecer uma prenda. Um dos formandos tem um jeito demasiado grande para desenhar [o que ele tem a mais, eu tenho a menos] e fez um desenho da professora o qual vai ser emoldurado juntamente com os nomes de todos os alunos e dado à senhora amanhã. Depois do pequeno almoço na sala de aula [que vai contar com bolo, tarte de limão, café e outras coisas que as pessoas se lembraram de trazer mmmm] segue-se para o café do senhor acima referido para um almoço de final de curso que já tinham feito no final do módulo anterior. Preocupação dos meus pais:
" - Se eles se puserem a beber daquelas bebidas espirituosas tu não bebas que não estás habituado."
1) Acho que a mulher nem se vai arriscar a beber dessas coisas, vai conduzir pouco depois e a menos que se queira espetar contra uma valeta nas contras e contracurvas da estrada nacional provavelmente até irá beber sumo.
2) É um almoço, não é um jantar, quem é que se vai pôr a beber dessas coisas de manhã?
3) Eu nem sou de beber muito, ou melhor, não bebo quase nada.
4) Eu já emborquei pela goela abaixo mais vodka numa noite só do que os meus pais imaginam e ainda conseguia fazer o quatro sem me espetar redondo no meio do chão.
5) O café fica a menos de 500 metros de minha casa, se for preciso eu chego lá antes mesmo de começar a virar o barco.
6) Eu tenho 23 anos, gosto de ser o menino dos papás, mas menos ok? :)
Acho que já falei aqui da minha preferência por vinho branco/verde. Ontem ao jantar, bebi um copinho na pura da brincadeira e soube-me pela vida. Mais tarde, ao sermos convidados para tomar café em casa de uma tia minha, ao perguntar-me se eu queria uma cerveja eu disse que sim, até por que estava toda a gente a ver e podiam ficar escandalizados logo ali. Ninguém disse nada e lá me pus eu a beber aquilo... De repente a minha mãe pousa os seus olhos de água em mim e berra literalmente:
" - O QUÊ? UMA CERVEJA? JÁ NÃO ESTOU A GOSTAR NADA DESTA MERDA!"
Acho que ela se esquece que a garrafeira cá de casa fica em frente ao meu quarto, se eu quisesse embebedar-me nem precisava de andar muito. Geez
Ter um tio que tem tanta ou mais cabeça do que eu implica que sempre que lá vou a casa ele me tenta impingir uma bebida qualquer. Desta vez foi Martini. O problema é que sempre que o faz, fá-lo à frente do senhor meu pai ou seja, se bebo aquilo muito devagarinho pareço uma pita, se bebo depressa dou a ideia de que me quero estatelar no meio do chão em coma alcoólico.
Mas pronto o homem lá misturou aquilo com um 'cadinho de 7up e eu lá bebi muito devagarinho, não por ser uma pita mas sim por que aquela merda era mesmo boa e ele não me iria dar outra de certezinha.
Agora só Deus sabe quando posso molhar o bico outra vez :(
Off: Que cabeçalho fofo que tu tens Logan! Ah pois tenho, mas sosseguem as passarinhas que não fui eu que fiz. 'Brigado Maria :)
Off2: Mais de 50 000 visualizações, tantos zeros, parece a minha conta bancária, obrigado a todos! Como diz a Kelly, my life would suck without you!
Convém lembrar, antes de começar a escrever o que quer que seja sobre bebidas alcoólicas, que eu sou aquilo a que chamam "bebedor social", é raro beber mas também não digo que não a um Beirão, um Bayley's ou Macieira.
Ora estava uma garrafa de Grant's na cozinha a pedir-me insistentemente para que eu a provasse. Mas eu do alto dos meus 23 anos queria ser mais forte do que o desejo da bebida e não lhe tocar sequer. Mas acontece que tenho uma irmã linguaruda que se lembrou de dizer ao senhor meu pai que eu estava mortinho por provar aquele néctar.
Diz o meu pai:
Pai: "- Já colocaste álcool numa ferida? "
Eu:: "Sim, mas nunca lá fui com a boca chupar a ver se sabia bem ou não!"
E lá acabei por provar da dita garrafinha de Grants. Ok, em questão de bebidas alcoólicas vou ser bastante poupado por que para mim são quase todas iguais. Todas menos Grants. Dass aquela m`rda sabe mesmo mal.