Dizem que o tempo passa a correr, uma pessoa pode não pensar nisso no que toca ao dia de trabalho, as horas custam a passar, mas quando se dá conta passou-se mais um mês.
Se não mudar nada entretanto, tenho apenas mais dois meses de trabalho à minha frente. Entre trabalhar com mau tempo ou vir para casa claro que preferia a primeira opção. Mas à medida que forem acabando com os cruzeiros pelo Douro decerto que já não precisam de tanta gente na empresa e quando der por mim estou com a carta de despedimento na mão, quinze dias antes de me vir embora.
Já estou a contar com pelo menos quinze dias de férias em Novembro, nos quais começarei a procurar alguma coisa para ver se não fico tanto tempo em casa parado. Teria começado já, mas acho escusado responder a propostas de emprego quando não estarei disponível até ao final de Novembro. Quem procura empregados quer tudo para ontem, não para amanhã. Mas só de me imaginar outra vez em casa a resumir a minha vida às tarefas domésticas até fico doente.
Ainda não me esqueci do meu desejo de visitar Inglaterra até ao final do ano, nem que seja só por dois ou três dias, tudo irá depender da quantidade de dinheiro que tiver juntado na altura. Tenho tido mais despesas do que aquelas com que estava a contar inicialmente mas mesmo assim ainda tenho um pé de meia decente e como supostamente ainda tenho direito a metade do subsídio de férias quando me vier embora vai dar para juntar um bocadinho mais.
É difícil ter uma vida estabilizada desta forma, mas enquanto tiver estes bocadinhos de trabalho já não é mau.