Já vi dois ou três posts referentes ao usual balanço do ano que termina e dou por mim a dar graças a Deus por não ter estabelecido nenhuma meta para 2014 pois muito provavelmente teria ficado por cumprir. Avisto já que isto vai parecer aqueles textos pseudo intelectuais das míudas emo.
Em termos financeiros e de empregabilidade, estou melhor do que o que estava há um ano atrás, encontro-me empregue e a ganhar o meu próprio dinheiro, posso comprar as minhas coisas, guardar algum e poder presentear as pessoas de quem gosto.
Mas, olhando para trás, vejo que não evolui nada. Encontro-me numa empresa onde estão pessoas de quem gosto e outras que já não suporto. Percebo, ao fim de todos estes meses de que, por muito que gostem de mim, não me farão crescer, quer eu faça o meu trabalho bem ou mal. Percebo também que não importa dar-se o litro quando outro alguém consegue cair nas boas graças dos patrões só por que a sua história de vida é muito triste (cof cof).
Aí aparece o meu maior defeito, ao contrário de muitas pessoas, que ao verem as injustiças se revoltam e se esforçam por as combater, eu, ao invés, apenas perco mais um pouco da (pouca) confiança que ainda tenho nas pessoas. Acabo o ano sem saber até quando estarei empregue, tudo por que uma simples pessoa pode vir destabilizar tudo. Admiro muito aqueles que conseguem largar os seus empregos e procurar outra coisa melhor. Ganhei um tal pavor à temporada que passei desempregado em casa que só a ideia de voltar à mesma rotina me causa náuseas.
A permanência na mesma empresa durante vários meses serviu para travar conhecimento com duas ou três pessoas a quem agradeço do fundo do coração o me terem demonstrado a verdadeira designação da expressão "amigo por conveniência". Agora, cada vez mais, vejo que as pessoas, na sua grande maioria, se vão aproximar de nós na ausência de outra pessoa qualquer, até que venha esse alguém e volte a preencher esse vazio. Nunca estive aqui para preencher o lugar de ninguém, nem quero ser apenas um substituto do que quer que seja e isso leva a que, actualmente seja mais frio e arrogante com algumas pessoas. Por que já vi que elas podem gostar muito de mim, mas só quando estão sozinhas. E, convenhámos, quando algumas pessoas estão sozinhas, até Satanás parece uma óptima companhia!
No campo "amoroso" continuo solteiro e "muito boa pessoa" (como aquela hipócrita). Passei grande parte do ano sem grandes novidades no campo e, como já tenho falado aqui, não me sinto desesperado por causa disso. Quando as coisas acontecem, tento levar as coisas até ao fim e talvez seja por isso que andei tantos meses para me desligar da única pessoa com quem saí em 2014. Tentar ignorar o óbvio é muito bonito, mas é também uma perda de tempo. E eu perdi muito tempo com quem não devia, mesmo depois de toda a gente me ter dito que sim, era uma perda de tempo. Não posso prometer que não vá perder tempo com outras pessoas no futuro, mas provavelmente não irei perder tanto tempo quanto aquele que perdi durante este ano.
Não consegui realizar a tão desejada viagem a Londres, por bons motivos, mas mesmo assim foi algo que adiei, mais uma vez, para a fazer num futuro que não sei quando irá ser... A minha mãe diz-me que Londres não irá fugir mas pode ser que seja eu a fugir antes disso.
Entretanto, faço anos logo em Janeiro, e vou começar a minha contagem decrescente para os trinta, holly Kesus.... i'm old...
E pronto, é tudo por 2014...