O propósito do blogue nunca foi escrever quão miserável é a minha vida tanto que quando acontece algo bom no dia-a-dia será aqui que eu me pronunciarei sobre isso.
Mas pronuncio-me sempre cedo demais.
As coisas más sou capaz de guardar, de não dizer a ninguém, mas quando acontece algo bom, gosto de partilhar. Ás vezes mais valia não o fazer.
Por que quando se perde cinco minutos a falar de algo ou alguém, dá-se uma qualquer importância que depois, quando as coisas acabam, não desaparece.
Existe uma expressão muito feia que decerto devem conhecer chamada "calor na franga" que se usa para descrever alguém que deseja à força toda que lhe saltam em cima. Costumava usa-la como um termo depreciativo mas como qualquer oportunista, agora que sou eu a estar nessa mesma situação, não o imagino tão pejorativo assim.
Eu não estou a chegar ao extremo de pedir que me saltem em cima, mas há daquelas coisas que quando se experimentam têm de ser repetidas quase involuntariamente. Sou adepto da técnica de tentativa e erro. Portanto enquanto estiver com "calor na franga" uma pessoa tem a OBRIGAÇÃO de experimentar e errar quantas vezes puder desde que não se esteja parado.
01. Feel Alive 02. You Want To Be Free 03. Everything Is Changing 04. Take Me Home 05. I Wake Up 06. Circles 07. My Boy 08. Stay 09. Hope, Pray, Dance, Play 10. Slow Me Down 11. Too Late 12. 1000 Miles Away From You
Desde que abandonou a banda The Gathering em 2007 que a carreira de Anneke se tem resumido a lançar álbuns em catadupa, uns em colaboração com outros artistas, como Dan Cavanagh ou com a sua banda, Aqua De Annique, revelando um maior interesse em recriar os temas de outros artistas do que em desenvolver um estilo próprio. "Everything Is Changing" marca um passo em frente para longe dessa tendência. Neste álbum [gravado em Portugal, só por curiosidade] a Holandesa adoptou uma abordagem mais electrónica à sua música e parabéns, sem nenhuma cover no alinhamento.
Nunca fui fã confesso da voz de Anneke, mas em temas como "Take Me Home" e "Circles" tenho de lhe reconhecer versatilidade.
A nível das letras não há muito a dizer, são banais mas não facilitistas, acredito que a tentativa de criação de um ambiente é o verdadeiro interesse dos álbuns de Anneke e não o significado das letras em si.
Destaque para a música "Circles" que para mim é a melhor música em todo o álbum.
No geral, "Everything Is Changing" não é um álbum que queira pautar pela diferença, é apenas mais uma das muitas incursões musicais de Anneke, uma cantora/compositora que decerto não quer cair no esquecimento. Está num bom caminho.
01. Intro 02. Leverage 03. Parting 04. Voices In My Head 05. The Road Not Taken 06. White Lilly 07. Aus Der Tiefe 08. Wenn Die Engel Fallen 09. Side By Side 10. Repentance
Quarto álbum dos alemães Lyriel, sucedendo a "Paranoid Circus". Os Lyriel conseguiram, ao segundo álbum, fazer uma masterpiece, "Autumntales", mas desde aí, nada mudou e decidiram ficar-se pela mediocridade habitual das bandas do género. Em termos vocais, Jessica Thierjung está longe de ter uma voz má, mas não a leva para além das tentativas de fazer voz grossa que se ouvem em temas como "White Lilly" ou "Leverage" e nem ajudada pela violoncelista Linda as coisas se mostram diferentes. O facto de a banda ter um violinista e uma violoncelista fixos só se torna pertinente em músicas como "Aus Der Tiefe" ou no tema título por que no geral o álbum é de um rock genérico com pretensões folk, muito ao estilo do anterior, que na minha modesta opinião é abominável.
Nas baladas a banda consegue de facto resultados interessantes como em "The Road Not Taken" e "Wenn Die Engel Fallen" mas no geral "Leverage" é um álbum inofensivo que pode muito bem passar despercebido pois não há nada aqui que valha a pena ouvir a menos que sejam fãs da banda.
Two roads diverged in a yellow wood, And sorry I could not travel both And be one traveler, long I stood And looked down one as far as I could
I shall be telling this with a sigh Somewhere ages and ages hence: Two roads diverged in a wood, and I and I- I took the one less traveled by, And that has made, has made all the difference.
Oh, I, I kept the first for another day! Yet knowing how way leads on to way, I doubted if I should ever come back. Yet knowing how way leads on to way Shall I come back?
I shall be telling this with a sigh Somewhere ages and ages hence: Two roads diverged in a wood, and I, and I- I took the one less traveled by, And that has made,has made all the difference.
Acho que a história aqui contida é aquela que eu e muito boa gente deve estar à espera de contar. Não ir pelo do caminho pelo qual todos enverdam poderá, num futuro muito distante fazer uma diferença, positivamente falando, mas de momento a única diferença é que não há ninguém a caminhar nesse mesmo caminho. Acredito que no final se sinta uma alegria desmesurada, mas quando se está no meio do caminho [ou talvez ainda no início] só existe um sentimento de fracasso, por tentar ter uma posição diferente, a posição que priva de muitas coisas. Privou de muitas coisas más, poderia ser uma óptima justificação para uma pessoa se mentalizar, mas sou apologista de um verso que muitos devem conhecer:
Sou magrinho, podia ter-lhe saltado para cima que não matava ninguém. A sensação comer uma pessoa com os olhos é horrível, Por palavras, por movimentações, tudo a dar a entender a mesma coisa para no fim não levar nada. Aquele toque despropositado que podia começar alguma coisa, quente, demorado, não deu em nada. Nem por isso o desviei para outra zona qualquer, não valia a pena. Para o bem e para o mal as pessoas não são apenas pessoas nem são somente corpos. E eu precisava mesmo daquele corpo.
Quando coloco poemas meus aqui, deve ter sido rara a vez em que não foram inspirados numa pessoa em particular. E fico meio triste quando uma pessoa não me consegue inspirar para escrever o que quer que seja.
Um perfume dura-me para dois anos quase. É raro usar. Agora tenho aqui o Benneton Blue e o One da Calvin Klein, o meu excelentíssimo pai fez o favor de me acabar com um da Tommy Hilfiger que eu tinha aqui. Por que é que eu não gosto de usar perfume? Duas simples razões, a primeira é que encharco-me de tal forma que quando vou a meio do dia já não aguento com o meu cheiro, o que fará as pessoas à minha volta. A segunda, de cada vez que uso um perfume num encontro, o raio do cheiro vai-me fazer sempre lembrar esse dia. Ontem usei o One e hoje ainda sentia a porcaria do cheiro. E as memórias.
01. A Propecy Of Worlds To Fall 02. Valentine 03. Forevermore 04. Euphoria 05. Blood On My Hands 06. Soulcrusher 07. The Dream Is Still Alive 08. The Lost Elysion 09. Call Of The Wind 10. A Thousand Letters 11. Cursed 12. The Nomad's Crown
"Olá nós somos os Xandria e temos uma nova vocalista que canta como o crlho e por isso vocês vão ouvi-la mandar agudos durante mais de uma hora".
Poderia bem ser a frase de apresentação do quinto álbum de estúdio dos alemães, o primeiro após a saída de Lisa Middelhauve e de uma outra que nem o ar de sua graça deu, de seu nome Kerstin Bischoff. Quem assume os vocais é Manuela Kraller que pelo menos para mim era uma desconhecida, apesar de entre os seus anteriores trabalhos contar a banda Haggard, da qual sou fã confesso.
Analisando os anteriores trabalhos, a única coisa que tenho a dizer de Xandria era que aquilo era uma pasmaceira pegada, eu não conseguia ouvir um álbum até ao fim, parava a meio, não dava mais. Por muito emblenátia que Lisa middelhauve pudesse ser a mim, enquanto vocalista, nunca me convenceu e de Kerstin devo ter ouvido quando muito, uma apresentação ao vivo da qual já nem sei o que achei.
Manuela Kraller é mais uma cantora lírica que pelo menos a mim tinha de provar que não andou a tirar cursos de canto nos pacotes de farinha Amparo. Ficou provado. A voz da senhora é uma coisa muito muito á frente, ouçam os agudos finais de "Blood On My Hands" e concordarão comigo :) No entanto, a meu ver, quando larga o canto lírico a sua voz torna-se demasiado insegura e treme bastante, são momentos que poderiam ter sido evitados.
Durante mais de uma hora somos inundados com um misto de teclados, canto lírico, coros, enfim nada que não se tenha já ouvido em bandas do género. Os coros lembram Leaves'Eyes ao extremo, os teclados já foram usados N vezes, no entanto a combinação revela-se interessante o suficiente para ouvir o álbum até ao fim.
"Visão, tenha uma." - conhecem este slogan certo? Pois bem, agora a máxima é:
"momento folk, tenha um [ou dois ou três]"
A partir da oitava fáixa a banda inicia uma inclusão de violinos, gaitas etc como se não houvesse amanhã, achei uma reminescência de Nightwish sem no entanto pecar por falta de originalidade, simplesmente acho que não havia necessidade de em cada álbum do género existir um momento folk.
A nível da banda propriamente dita, é muitas das vezes eclipsada pelos teclados, mas mais uma vez pegando no exemplo de Nightwish, que na altura de rever o último álbum dos Finlandeses me lembro ter mencionado a disparidade entre o trabalho orquestral e do banda, devo confessar que para mim Xandria conseguiram jogar melhor com os dois elementos. No entanto muitas das músicas [principalmente as de longa duração] nos seus últimos minutos resumem-se a repetir solos, teclados e afins que já se tinham ouvido antes tornando as mesmas um tanto ou quanto redundantes.
Em suma, os Xandria não trouxeram nada de original mas livraram-se do sonzinho meloso que não os levava a lado nenhum. Demonstraram que conseguem fazer músicas capazes de fazer uma pessoa ouvir tudo e querer mais. Agora só têm de se despregar da concorrência e marcar território.
Estou morto, doem-me os pés, saí mais vazio do que aquilo que entrei. Nada material foi ganho, só me apetece é ganir como aquele senhor do Big Brother.
Sempre me assumi como covarde, derrotista. Nunca encontrei razões para dar provas do contrário. Mas quando aparece alguém que parece vale a pena, por que não dar o braço a torcer e esforçar-me um pouco? A preguiça é muita mas o desejo de ter alguém também. Qual dos dois irá levar a melhor? Honestamente não sei.
Sei que a maioria das pessoas conhecendo-me minimamente deve estar à espera que eu faça um post sobre como odeio o Carnaval e de como quero que acabe depressa. Errado.
Já há muitos anos que não me mascaro, a última vez fui com uns amigos meus dentro de uma carrinha, equipados com os equipamentos do Rio Mau FC a cheirar a suor que era uma coisa louca, com umas máscaras, eu não morri lá dentro por que não calhou. Mas desde então [já lá vão uns seis anos mais coisa menos coisa] nunca mais me mascarei. Ando há uns dois ou três a dizer que irei pedir a uma das costureiras aqui em Rio Mau para me fazer um disfarçe de Fantasma da Ópera, algo tipo isto:
Mas como sou agarrado ao dinheiro ainda não pedi. Mas gostava de pedir um dia destes. A ver se a senhora me consegue surpreender. Claro que a mim dava jeito uma máscara que cobrisse a cara toda mas isso estragaria o disfarce todo.
Adiante, já não posso com a quantidade de pessoas a afirmarem a sua aversão ao Carnaval, assim como ao Natal, ás pessoas, ao ar que respiram etc. Principalmente os brasileiros que inundam o Facebook com merdinhas do estilo: ESTA PESSOA NÃO GOSTA DO CARNAVAL.
Estou à espera de ver alguma delas usar uma dessas imagens a dizer ESTA PESSOA CHUPA PILAS mas acho que não irei ter essa sorte.
Mas é uma modinha que se criou em cada festividade meia dúzia de infelizes meterem nojo só por que não gostam da época. Lembro-me de ter lido que no Carnaval as pessoas podem ser aquilo que desejam ser durante o resto do ano por isso as pessoas deviam aproveitar sei lá, quanto mais não seja para serem felizes.
Com as dádivas do Governo e consequente negação da ponte de Terça acho que não se vai passar nada aqui na minha terriola mas de qualquer forma já há anos que não passo na rua para ver os mascarados.
Depois à noite ocorre o enterro do Gervásio e a leitura do testamento. Há uns anos deixaram um segurança para a minha mãe, achei fofo. A mim nunca me deixaram nada mas eu não conhecia o Gervásio por isso não fico chateado.
Amanhã começam as minhas aulas e eu estou como a outra senhora dos apanhados, estou a panicar.
Ainda tenho de passar pelo stand do Santander no piso 0 para ver se após quase três meses já têm o meu cartão da Universidade senão nem os livros da Biblioteca posso requisitar. Se não estiver lá, alguém me vai ter de ouvir e eu tenho antecipadamente, pena dessa pessoa. Mas com a sorte que tenho chego lá e aquilo está fechado.
Devido a reestruturações a nível da editora os Delain veêm incerta a data de lançamento do seu novo álbum, "We Are The Others". Vários fãs querem ver o álbum nos escaparates o quanto antes e se se encontram entre esse número, por favor façam like nesta página:
Num mundo onde as pessoas se baseiam cada vez mais em frases feitas para governarem a sua vida eu reitero a minha admiração por muitas dessas frases mas há muito que não me retinha tanto numa única. Esta é de uma pessoa, de seu nome Rui, que me disse, acerca dos meus gostos por idades avançadas:
"... com essas pessoas mais velhas que gostas, nao vives a tua juventude, mas sim a velhice deles... Pelo menos `e o que eu acho."
Como já afirmei mais do que uma vez aqui, sou daquele tipo de pessoa que analiso toda e qualquer possibilidade quando me meto em alguma coisa, não que isso me tenha servido de muito, mas mesmo assim continuo a pensar que nem um doido nas mil e uma formas de lidar com as coisas.
Quando digo procurar alguém mais velho nunca pensei em viver a velhice das pessoas. Sei que dizem que a adolescência é a melhor parte da vida, mas eu nunca me revi na rebeldia tão falada por aqueles que estão de fora e que por vezes lamentam não a terem gozado devidamente. Quem me conhece sabe que já tive a minha dose de loucura e a verdade é que por agora me consolava com uma noite com uma manta e alguém que me amasse a meu lado, mas será que quero isso para o resto da minha vida? Será que existe ainda alguma coisa que eu queira fazer que nem a mim mesmo ouso mencionar? Eu espero que não pois mesmo que continue a pensar no que coloquei em cima, a verdade é que ainda desejo aquela pessoa mais velha ao meu lado por que é algo que sinto necessidade, acho que não é nenhum requisito anormal a preencher.
E que, se tiver de envelhecer, que envelheça ao lado de uma pessoa igualmente velha mas que me faça não sentir saudades dos tempos de juventude.
Lembro-me que, quando coloquei aqui o video de "Born To Die" já o burburinho sobre Lana Del Rey divida meio mundo, entre aqueles que a viam como um escape à pop vulgar e os que a viam como uma boneca fabricada sem qualquer carisma e/ou talento. A relação que tenho com ela é uma mistura das duas após a audição do álbum. A nível vocal Lana não se destaca por ter uma voz poderosa nem sequer agradável ao ouvido no entanto não posso negar que há qualquer coisa de diferente nela, nem que seja mesmo a indiferença com que canta as suas próprias músicas. Lana parece ter sido contratada para cantar um reportório que, embora escrito também por ela, nem parece seu. Faz-me lembrar aquelas cantoras soul que cantam nos cabarés os reportórios de outros e quando terminam, viram costas e vão embora. Ao final do álbum é essa ai deia que me fica, que Lana acabou o seu reportório emprestado e se foi embora.
A atmosfera das músicas é deveras interessante, transporta-me para uns anos quarenta, cinquenta, não sei, espero não escrever nenhuma atrocidade mas ela bem podia fazer-se passar por uma Marilyn Monroe dos tempos modernos, não fosse a fraca performer que Lana é ao vivo.
"Money is the anthem
Of success
So before we go out
What's your address?"
"Everytime I close my eyes
It's like a dark paradise
No one compares to you
I'm scared that you won't be waiting on the other side"
Acima ficaram duas das passagens mais interessantes do álbum, embaladas sempre por um instrumental melancólico que me transporta sempre para outro lugar. "This Is What Makes Us Girls" faz-me sempre lembrar "Girls Just Wanna Have Fun" de Cyndi Lauper sem no entanto encontrar no álbum tentativas de colagem a outros artistas com mais talento do que o seu.
Em suma, Lana Del Rey é, como a próprio afirmou numa entrevista, uma cantora de estúdio. No entanto qualquer pessoa pode ser cantora de estúdio [tirando obviamente Rebecca Black] desde que com as pessoas certas. O problema de Lana, a performance das suas músicas, poderá vir a ser o grande impulsionador para que ela consiga adquirir uma identidade que faça valer a pena escutar um segundo álbum, mesmo que ela já tenha feito saber que não irá lançar outro [marketing no seu melhor].
Eu sei que o meu historial fala por si e que eu não sou a pessoa mais acertada para dar este tipo de conselhos [pessoas que me conhecem, sabem do que falo] mas POR FAVOR, NÃO FAÇAM ESTE TIPO DE PEDIDOS A NINGUÉM!
É que uma pessoa nem sequer consegue sentir-se lisonjeada pelo pedido [pelo menos eu não fiquei]. Primeiro pedem alguém para tirar a virgindade e depois, pedem alguém que os ame.
Primeiro numa atitude de descontracção à confissão de virgindade eu respondi ser capricórnio [não acredito nessas coisas mas pronto]. Depois chama-me gato e quando eu digo que não quero coisas desse tipo responde-me aquilo que coloquei em cima.
Não a sério, isto chegou a um nível que Deus me livre, ainda eu me achava desesperado, quando vejo pessoas a fazerem-me este tipo de propostas não me acho tão desesperado, por que eu sou lindo como a luz da meia noite [e a pessoa em questão diga-se de passagem que não devia nada à beleza para além de ser mais nova coisa que como me farto de dizer, dispenso].
Quem me conhece sabe que eu tenho um horror a esta banda que Deus me livre, mas pelo pouco que ouvi do novo álbum parece não estar uma atrocidade maior do que a nova música dos EPICA portanto, irei esperar pelo fim do mês para ouvir "Circus Black".
Acho que já disse aqui que não sou a favor de mudarmos por terceiros. Qualquer mudança que se opere em nós deve ser única e exclusivamente devida a nós e não aos outros. Mas há pessoas por quem é impossível não deixar de tentar ser melhor, por dentro e por fora.
Porém quando as coisas correm mal, todos os esforços de um dia para se tentar chegar a isto:
são rapidamente esquecidos e retoma-se ao que se era anteriormente, ou seja, isto:
A ser lançado dia vinte cinco de Maio. As músicas são centradas na Monarquia Sueca e foram concebidas com a ajuda do historiador Sueco, Bengt Liljegren.
Adorei o último álbum de originais de Sabaton, mas músicas em Sueco não me puxam nada nada nada.
Regra geral sou contra livros/filmes que tentam desacreditar coisas e/ou pessoas. Mas cmon, Shakespeare, Inglaterra, castelos, só boas razões para ver este filme.
Vou começar este post por dizer que sou um asshole, assim fica concluído o primeiro passo de uma penosa resposta na qual fiquei a pensar desde ontem à noite, ainda antes de ter dado a conhecer aqui a banda Eyes Of Eden. Estava já com aquele tipo de arrependimento, daquele que se tem quando somos as piores pessoas para aqueles que [aparentemente] só nos querem bem. Acontece que pronto, planos furados deixam toda e qualquer pessoa de mau humor e eu não sou excepção. Então, numa espécie de prémio de consolação dizem-me:
"Mas posso ficar online no telemóvel e ir-te dizendo por onde estou, assim vamos falando."
Logan douchebag:
Não disse tal coisa com animosidade ou com a intenção de ferir a pessoa que estava do outro lado. Simplesmente sou daquele tipo de pseudo romântico-lamechas de trazer por casa que se me puxassem pela língua teria dito:
"Não, por que eu queria era estar lá contigo."
Mas não disse. E por não ter dito é que começo a dar razão quando dizem que a minha animosidade é apenas uma forma de me proteger. Não que adiante de muito as pessoas protegerem-se depois de já terem sido atingidas, mas quando não vem socorro, fazer o quê?
Nem almoçar fora no Domingo torna as coisas melhores.
Mais uma descoberta que não o é visto que já há muito que conheço a banda alemã e espanta-me nunca ter colocado nada sobre eles aqui. Basicamente são uma banda de gothic metal do mais genérico que há mas no seu primeiro e único álbum, "Faith" lançado há cinco anos [sim, cinco anos] encontram-se músicas bastante interessantes, como "Winter Night" ou "Not Human Kind".
Da banda fazem parte a vocalista Franziska Huth [que estava escalada para ser a substituta de Sabine dos Elis tendo sido em vez dela Sandra Scheleret a ficar com o posto, na altura li que se devia a uma doença da Franziska], Alla Fedynitch [que já foi baixista nos Leaves' Eyes] e o Waldemar Sorychta conhecido por trabalhar com os Lacuna Coil e os Moonspell por exemplo.
Acho que já criei um post semelhante há algum tempo. Nevermind. Já disse que vinte e três é o meu número favorito? Eu tenho vinte e dois anos, quando fizer vinte e três vai ser algo memorável [ou não].
A obsessão com a idade das pessoas já me levou a algumas situações infelizes de facto mas continuo a ter essa mania de me importar com a idade das pessoas. Não é estúpido que procure pessoas mais velhas se depois me ponho a filosofar sobre o politicamente correcto das relações onde a diferença de idades é, a modos que, abissal? É que nunca fui muito de acreditar naqueles relacionamentos estilo patrão da Playboy onde as meninas têm idade para serem netas dele. Não acredito nessas coisas. Mas a modos que não me sinto bem em fazer-me a pessoas mais velhas, acho que não é natural, é quase como os filhos morrerem antes dos pais, não é natural.
É que eu procuro alguém para não estar sozinho. E desde pequeno que tenho trauma a que a pessoa que me acompanhar para o resto da dia morra antes de mim e eu acabe como comecei, sozinho. Claro que ninguém está livre daqueles problemas que rapidamente tiram a vida a milhões de pessoas por aí fora mas se pensar no ciclo natural da vida, é normal que, escolhendo uma pessoa mais velha, ela seja a primeira a bater a bota.
Eu sou tão estupidamente complicado. Que tristeza.
Durante mais de cinco anos tive o [des]prazer de "conhecer" muitas pessoas [coloco o verbo entre aspas pois acho que nunca conheci como deveria nenhuma delas]. Muitas das vezes cinco minutos eram o bastante para ficar a conhecê-las deveras embora em conversas de cinco horas com as outras possa nunca ter ficado a conhecê-las deveras, conheci somente aquilo que me contavam e partia do princípio de pessoa inocente que seriam verdades.
Quando as pessoas [essas que valiam mais do que cinco minutos do meu tempo] se dispunham a prometer-me algo eu respondia somente "NÃO". A ideia de ter alguém que nos prometa algo [o que quer que seja] é deveras romântica mas sou apologista daquele dizer que reza "as promessas foram feitas para serem quebradas". Partia e parto do princípio que na maioria das vezes as pessoas não estão em condições de cumprir aquilo a que se propõe por isso sempre preferi que não me prometessem nada. Mas quando prometiam, que cumprissem. Mas nunca cumpriram.
Essas coisas por muito que doam na altura, passam, passam sempre. É bom sinal, é sinal de que as coisas não eram assim tão importantes [ou sinal de que eu não sou tão sentimentalista quanto acredito ser, o que a meu ver até é uma pena].
Já nem guardo rancor a essas pessoas que prometeram e não cumpriram [como diz a minha mãe, "Deus ajude a eles e a mim não me desampare"] mas mata-me, enoja-me, quando as pessoas somem da minha vida e as encontro aqui e ali quando menos espero. Quando as coisas se julgam mortas e de repente aparecem aos nossos olhos é das piores sensações que se podem dar a sentir a alguém.
Por que durante muitos anos podem esquecer-se as palavras menos boas dirigidas à nossa pessoa [e acreditem, já são algumas] mas nunca esqueci uma promessa que me fizessem. E quando tais criaturas reaparecem num ápice à nossa frente todas as coisas más voltam em força fazendo-me desejar que o chão me engula, ou na melhor das hipóteses, que as engula a elas, num buraco tão fundo que não se consigam ouvir os seus gritos, gritados na mesma voz com que disseram as promessas que nunca estiveram dispostas a cumprir.
Por vezes uma pessoa sente-se tão estúpida que a única forma de tentar aliviar a estupidez é começar a falar, falar, falar sem dizer nada. Odeio, odeio. Quando me canso de dizer as mesmas coisas, de mil e uma maneiras diferentes só para que a outra pessoa consiga perceber, nem que seja um décimo do que se passa na minha cabeça mas parece que apenas repercuto o óbvio.
Devo ser o capitão do óbvio, que se cansa de dizer as mesmas coisas à mesma pessoa, vezes e vezes sem conta, sinto-me deveras o idiota que noventa das pessoas pensam que sou. É deprimente.
Não costumo guardar lembranças de tempos que quero esquecer. O secundário é um desses tempos. Não conheci ninguém que valesse a pena lembrar daí para a frente e embora continue e falar e cumprimentar uma ou outra pessoa dessa época que por mim passa na rua a verdade é que não tenho saudades desses tempos.
No entanto, guardo uma carta, de um jogo feito em Psicologia da Comunicação, em que tínhamos de escrever para alguém a fim de esse alguém descobrir a nossa pessoa. Lembro-me que a minha carta foi endereçada à Daniela e que a mim me calhou em sorte receber a carta da Anabela, minha crush adolescente da altura.
É das poucas, senão a única coisa que guardo desses tempos e por brincadeira vou transcreve-la aqui pedindo para atentarem à data, já se passaram sete, sete anos!
Olá.
Tu calhas-te o meu amigo secreto…
E vou escrever-te esta carta para te dizer como sou!
Sei que não vai ser fácil pois tu não me conheces muito bem, mas vou tentar fazer com que descubras porque tu queres até que te saia nesta misteriosa carta.
Agora vou falar-te um pouco de mim…
Sou morena, olhos castanhos-esverdeados , cabelo preto, disseste até eu ser parecida com uma amiga tua.
Sou brincalhona, divertida.
Disseste até que me achas convencida, mas na verdade não o sou.
Por vezes sabes que eu gosto muito de te chamar cioso Rui mas é só para tripar contigo, não é por mal, acredita.
Acho que depois desta descrição foi muito fácil me descobrir.
O Dia dos namorados está a chegar, e para aqueles que estão sozinhos [like me] sigam o exemplo.
E para aquelas pessoas que dizem ser apenas nossas amigas, claro, num casamento/união de facto/wtv as pessoas antes de tudo são amigas, por isso, hey visto que já somos amigos, vamos casar? É o primeiro passo :) E não, não quero esperar que as coisas aconteçam por que já aconteceram aqui :)
As pessoas tentam conseguir alguma coisa de mim. Digo que não, não estou interessado. Nada mais dizem. Mas fazem o favor de questionar uma ou outra acção que tomo na vida sem que lhes seja pedida opinião e/ou conselho. Cada um sabe de si e Deus sabe de todos, é uma grande verdade, por isso eu gostaria de saber por que é que existem algures génios capazes de decifrar o que vai na minha cabeça quando faço certas coisas. Por que eu sei naquilo que penso. E essas pessoas estarão certamente a milhas disso. Pior é que, a meu ver fazem isso com o único propósito de parecerem melhores aos meus olhos. Pois bem, acontece exactamente o contrário daquilo que predizem. E aquilo que faço não me torna pior pessoa, os que comentam o que faço sem interrogação prévia da minha parte, esses sim, tornam-se pessoas piores aos meus olhos.
Por que em vez de olhar para o lado, quando as coisas não resultam as pessoas deviam simplesmente olhar para a frente. Sempre para a frente.
O que é pior? Não conhecermos os outros ou conhecermo-nos a nós mesmos? As situações a que nos sujeitámos não são assim tão diferente de todas as outras que vivemos, já sabemos como irão começar e como irão acabar. O que leva alguém a ir para a frente com algo que sabe provavelmente vir a trazer-lhe mais dissabores do que coisas propriamente boas? Diz-se sempre que não, que não e depois a história é a mesma.
Pelo menos por duas horas as coisas podem tornar-se em mais do que um "nada".
Por que às vezes ficámos à espera da única pessoa para quem poderemos dizer tudo aquilo que está entalado na garganta e que não saí para mais ninguém. Na confusão saem coisas que se queriam dizer, as que deviam permanecer segredo e as que nunca deveriam ter sido ditas. Escreve-se, volta-se atrás naquilo que se disse mas a ideia foi plantada e não há nada que sirva para tirar do chão raízes que rapidamente se instalam sem perguntarem se são realmente bem vindas ou não. Inicia-se um jogo contra a Natureza que só Ela pode vencer. Por isso não entro no jogo. Alguém disse que só devemos entrar num jogo que sabemos poder vencer. O Amor em nenhum momento na vida das pessoas deveria ser um jogo. Nenhum. Reduz-nos a nós mesmos e a quem está à nossa frente como simples jogadores ansiosos por levarem a melhor um sob o outro. Por que no fim é disso que se trata, a vontade de um a prevalecer sobre a do outro. Depois, como em qualquer jogo tentam sempre dar um prémio de consolação ao perdedor. Como se enganam as pessoas ao pensarem que estamos à espera de um prémio. Por mim, estou sempre à espera de algo, um algo que nem sempre é bom de se esperar. Mais rápido me levantaria de onde estou para fazer jus às possibilidades que efectivamente tenho de conseguir um prémio do que contentar-me com o mísero prémio de consolação que me é sempre destinado. Não por, como disse, aceitar entrar em jogos cujo prémio se reveste da humanidade de alguém. Mas por que algumas pessoas merecem deveras tal epíteto e por isso sim, seria um prémio. A pessoa em si tem o valor de um, mil prémios e como qualquer vencedor que sua para ganhar o seu prémio também persiste essa vontade em mim. Mas sempre se acrescenta outra etapa, outra regra ao jogo que mesmo ao resumir-se somente a um jogador se complica a cada passo. Infelizmente existem muitos jogos nesta vida nos quais se é por vezes muito novo para se entrar mas nunca se é demasiado velho para deles sair. Quanto mais se diz que não se quer jogar mais, mais nos mostram que para se alcançarem os melhores prémios é preciso mais um pedaço do tabuleiro que até então estava escondido algures.
Tempos houve em que quando certas pessoas eram vagas para comigo ou terceiros, eu entendia isso como uma espécie de desafio para sermos nós a perguntar aquilo que efectivamente queremos saber.
Hoje entendo que as pessoas usam o vago por que na realidade nada têm para dizer e acho isso triste. Toda a gente deveria ter alguma coisa para dizer.
Quando certas pessoas ficam sem saber de nós durante muito tempo a primeira pergunta que fazem é:
"Por onde andaste?"
Fazer este tipo de pergunta é tão ou mais idiota como perguntar quando encontrámos alguém na rua:
"Tu por aqui?"
Por que as pessoas, pelo menos na minha vida, é que fazem o favor de se ausentarem, de não darem sinais de vida.
Depois quando finalmente se decidem a dar sinais de que não estão enterradas num cemitério qualquer, a primeira coisa que perguntam é:
"Por onde andaste?"
Estive e estarei sempre aqui, like i never left, porém para a maioria dessas pessoas a presença que nunca se ausentará é a física pois a mental já há muito que se coibiu de pernoitar a pensar em quem não tem poiso certo.
Existe uma grande necessidade das pessoas se sentirem bem com as suas escolhas. E a melhor forma de assim o conseguirem é assumi-las enquanto verdades incontornáveis. O mundo para elas é uma massa não moldável onde por uma força quase universal temos obrigatoriamente de nos encaixar mesmo que não seja o tipo de puzzle que procurámos.
Respeito e admiro quem consegue conceber uma opinião própria, um estilo de vida que desafie o sistema, não por que se sente numa espécie de estado de rebelião mas sim por que não se pode compactuar com aquilo que não faz parte de nós. Admiro isso. Eu próprio o faço e mesmo que durante a minha vida tenha encontrado pessoas que o fazem mesmo com opiniões completamente contrárias à minha, respeito-as.
O problema é que, mais do que mudarem as suas vidas as pessoas querem mudar as nossas. Querem forçar-nos a acreditar no que elas acreditam, no que elas consideram o politicamente correcto. Parecem uma espécie de testemunhas de Jeová, daquelas que nos batem à porta à hora do almoço para nos tentarem convencer daquilo que para elas é uma verdade universal.
Para mim o mundo nunca foi branco, nunca foi preto, existem muitos tons de cinzento pelo meio, por isso acho odioso quando as pessoas me tentam impingir uma visão do mundo com a qual não concordo. Como disse, respeito quem tem as suas próprias visões mas quando tentam desacreditar-me já não há argumentação que valha para me fazer prestar atenção ao que quer que seja.
Em raros momentos me permito a vangloriar-me daquilo que consigo por mérito próprio por isso acho que ceder uma vez a esse pecado não me irá certamente tornar-me uma pessoa pior.
Comente de modo crítico o fragmento transcrito, articulando-o com questões abordadas nas aulas:
"O Formalismo Russo constitui uma postura de vanguarda teórica e artística, assumindo a rejeição dos procedimentos caracterizados por uma aproximação extrínseca das obras que se revelam caducos, porque manifestamente insuficientes, na abordagem da ordem literária.
As teorias formalistas são o ponto de arranque para postular as principais questões da Teoria da Literatura, uma vez que se centram na peculiaridade da práctica poética.
Jakobson demonstra que a forma existe na medida em que dificulta a percepção espontânea, daí resultando o carácter relactivo do facto literário.
A desautomatização opera quer face à linguagem quer face às formas literárias sentidas como cânones estéticos. A função do literário é precisamente a de individualizar-se como experiência formal ou construção singular.
Em 1925 Eikhembaum assinala os principais temas do formalismo, nomeadamente a distinção entre linguagem quotidiana e poética, os conceitos de forma, processo, função e a conceção da historicidade literária como evolução das formas"
Consegui tirar 15, QUINZE nesta cadeira, só os alunos que já tiveram Teoria da Literatura sabem o calvário que é fazer esta disciplina onde uma pergunta decide a nossa nota final. Mesmo que a tenha repetido, este quinze soube pela vida para alguém que se contentava com dez [que curiosamente foi a nota que tirei a ESSP [Estruturas Sintácticas e Semânticas do Português].
Só peço a Deus que consiga tais proezas para o próximo semestre, para poder [finalmente] ingressar no Mestrado de História Medieval que tanto quero.
Após anos sem darem notícias de vida pondo em dúvida a continuidade do projecto os L'Âme Immortelle voltam com o seu décimo álbum de estúdio. "Momente" vem de encontro à sonoridade que tinham explorado em "Namenlos" sem no entanto defraudar expectativas. "L'Etang Malo" lembra "21. Februar"; "No Goodbyes" - "Behind The Light" e por aí adiante. Existe um desejo latente em voltar às raízes EBM/Darkwave da banda, aposta que a meu ver ficou ganha apenas com "Demon Be Gone", música que para mim vale todo o álbum. Confesso que fiquei de tal modo viciado que raramente ouço o que vem daí para a frente, parei naquela música e pronto. Tempo ainda para lembrar as baladinhas do costume, com o primeiro single, "We Tranen Im Regen" à cabeça. Em outros casos diria que as baladas seriam formas de facilitismo, mas em LI são simplesmente os momentos mais introspectivos e que proporcionam um equilíbrio em todos os lançamentos dos Austríacos. Thomas parece decidido a fazer uso dos guturais abandonando por momentos os vocais limpos na maioria das músicas, algo que a meu ver fez muito bem.
Assim como Hillary Scott e Charles Kelley [Lady Antebellum] foram feitos para cantar juntos, o mesmo se passa com Thomas Rainer e Sonja Kraushofer visto que os projectos a solo destes dois últimos em nada se comparam ao que conseguem fazer juntos.
Apesar disso "Momente" resume-se a ser uma reciclagem de ideias já exploradas pela banda e longe de ser um mau álbum a verdade é que fica no ouvido uma expectativa que decerto não ficou preenchida ao fim deste hiato sem material novo. 7/10