O Senhor meu pai para a senhora minha mãe: " - É uma pena não existirem mais daqueles concursos de cultura geral, o teu filho até tem jeito, ainda ganhava um dinheirozito."
Eu: " - Oh pai tens a noção de que muitas das perguntas que eles fazem lá não são de cultura geral, são daquele tipo de perguntas que só por mero acaso as pessoas devem saber."
Pai: " - Mesmo assim, tens uma cultura geral acima da média."
Tenho? Não sei o que é que o Senhor meu pai considera ser uma "cultura geral acima da média" mas de qualquer forma é sempre bom ouvir um elogio né? Parafraseando a Fanny, "bates forte cá dentro".
Já viram alguém que viva à beira da praia ser convidado para passar um magnífico dia hum, na praia? Como se fosse uma coisa fantástica? Um piquenique no meio do monte, vendido como a coisa mais linda do mundo, quiçá mais bonita do que a Fanny. A sério, eu vivo no meio do monte, havia necessidade de ir para o meio do monte profundo fazer piqueniques? Havia? Não havia, bastava abrir a porta de casa, estendia a toalha e não chateava ninguém. O senhor meu pai agora anda todo arrependido por ter dito que ia. Aguenta-te à bronca agora. Eu vou levar os meus calções, disseram que tem um laguinho para aqueles lados, se der para nadar um bocadinho [sim por que eu já sei nadar, sou um homem] vou fazer companhia aos peixes.
Quando há cinco anos efectuei a minha inscrição no ensino secundário os meus pais apenas colocaram duas oposições: nada de cursos fora do Porto nem de Universidades privadas. Como o curso que eu queria seguir [e todas as outras opções] se encontravam na Universidade Estatal [FLUP] nem equacionei as outras hipóteses. Depois de licenciar veio o mestrado e com ele as propinas de segundo ciclo que os meus pais não podiam pagar. Sei que muitos alunos conseguiriam/teriam já um part-time mas não era o meu caso. Sem part-time nem outra fonte de rendimento abandonei os estudos sem problemas de maior. Não é que se viva mal cá em casa, nunca faltou nada [nem o portátil de onde vos escrevo nem a conecção de banda larga] mas sei que existem dois empréstimos para serem pagos [empréstimos esses contraídos para construir a casa onde vivo e não para passar férias], dois carros para serem mantidos [um familiar a gasolina e outro de dois lugares a gasóleo que o meu pai usa para ir para o trabalho] e dois filhos para serem mantidos.
Por isso é inevitável sentir uma certa repulsa por alunos de Universidades privadas quando estes dizem:
" - Ai tu pagavas x de três em três meses? Eu pagava isso todos os meses."
Parece que existe um dedo apontado como que a dizer que abandonei os estudos por que era malandro ou por que não queria gastar dinheiro. E essa ideia dos alunos das Universidades privadas têm de que se eles podem pagar esse valor todos os meses, então toda a gente pode.
Como grande fã que sou de romances históricos e dos livros da Philippa Gregory quando soube que esta série era baseada nos seus livros decidi dar uma hipótese. Duas, se contarem que tentei ver o primeiro episódio duas vezes. Não consegui. "The White Queen" é, na minha modesta opinião, uma série extremamente aborrecida, e até eu que gosto de séries aborrecidas, não consegui sobreviver ao primeiro episódio. Provavelmente para a frente existirão episódios que valeria a pena ver, mas se uma série não consegue cativar num primeiro episódio, duvido muito que o faça nos outros todos.
Parece que o senhor francês voltou das suas férias na Suécia, cheio de fotos do mato e da casinha no meio da floresta que mais parece um abrigo de lenhadores. Falámos o suficiente para ele me dizer que ficaria em França por pouco tempo visto que vai começar a viagem que tinha planeado por essa Europa fora, Portugal incluído. Só não digo que "Só Deus sabe..." por que ele também já sabe [visto que eu já lhe disse] a falta que sinto das nossas conversas parvas.
Eu queria comprar esta edição especial do "Les Mis" mas, a sério, alguém vai dar 25€ por isto? A sério? Vi-me e desejei-me para encontrar a edição especial do "Fantasma da Ópera" e quando a comprei, foi por uns míseros 5€. Uma parte de mim quer comprar esta edição especial para poder chorar em casa. A outra parte não se importa de chorar daqui a uns meses mas com mais dinheiro no bolso.
Se existe banda que consegue morder o próprio rabo, essa banda são os Sirenia. Não que "Nine Destinies And A Downfall"; "The 13th Floor" ou "The Enigma Of Life" fossem maus álbuns mas eram cópias desmesuradas de si mesmos. Álbuns como "An Elixir For Existance" ou "At Sixes And Sevens" pareciam fechados e arrumados numa gaveta. Até agora.
"Perils Of The Deep Blue" retoma o imaginário dos primeiros álbuns de estúdio da banda assim como a aura dos mesmos.
"Ducere Me In Lucem" um tema que serve de introdução ao álbum mostrando um novo lado da vocalista, mais clássico, que a mesma fez questão de ressalvar num studio report relativo ao álbum. É possível notar esse melhoramento vocal em temas como "My Destiny Coming To Pass" ou "Cold Caress" com resultados mais ou menos satisfatórios, uma voz mediana não se torna soberba do nada. Mas voi um óptimo avanço.
Outra das "pérolas" deste álbum, assim como de todos os outros álbuns desta banda é, sem dúvida, o Sirenian Choir em músicas como "Ducere Me In Lucem", "My Destiny Coming To Pass", "Cold Caress" entre outros. Destacam-se também momentos como o piano em
"Seven Widows Weep" e "Ditt Endelikt", as guitarras em "Stille Kom Døden" ou "Profound Scars", a flauta no final de "The Funeral March" e o início em jeito de presságio de "A Blizzard Is Storming".
No entanto a insistência em incorporar elementos mais "electrónicos" em temas como "Decadence", "Profound Scars" acaba por arruinar músics que até poderiam ter sido bem conseguidas, como é o caso de "Blue Collen" que juntamente com "Chains" deveria ter integrado a tracklist principal do álbum. A opção de utilizarem vocais limpos em "Ditt Endelikt" [algo como "Sirens Of The Seven Seas"] traz Tristania à memória e não ajuda a formar uma ideia muito original destes Sirenia. Nem mesmo a tentativa de criar um tema verdadeiramente épico, "Stille Kom Døden" revela-se um semi-fracasso assim como "Darkling", um verdadeiro hino à arte de prolongar o que não deveria nem sequer ter sido criado.
Depois de três álbuns a repetir a mesma ideia, "Perils Of The Deep Blue" apresenta-se como uma lufada de ar fresco mesmo não trazendo nada de novo, tanto para a banda como para o estilo. Mas é sem dúvida o trabalho mais completo por eles lançado até hoje e merece ser ouvido.
O video de "Seven Widows Weep" foi lançado a três de Junho.
Atenção, este post pode conter linguagem dita "badalhoca" e enojar as mentes mais sensíveis [ou seja, as meninas]
Eu podia falar-vos de como aquela sala é pequena.
Eu podia falar-vos de como toda a gente me parece conhecer e eu só conheço uma ou outra pessoa.
Eu podia falar-vos de como o Inglês que estão a leccionar [como eu esperava] é do mais básico que há.
Eu podia falar-vos do quão delicioso foi comer bolo de bolacha só por que uma das alunas fazia anos.
Eu podia falar-vos do facto de apenas existirem dois licenciados naquela turma, eu em Estudos Portugueses e Lusófonos e outro moço em Gestão.
Eu podia falar-vos da galhofa que aquilo foi.
Mas vou antes falar-vos de um senhor que lá anda que parece o Marcos Pasquim. A sério, eu vou ter de estar fechado naquele cubículo com aquele homem por mais meia dúzia de aulas? Vocês não estão bem a ver, aquilo é o verdadeiro "comer com os olhos", e logo eu que uso óculos ainda o devo ter comido a dobrar.
Para a semana há mais, e espero sinceramente que o senhor também vá.
E não é que o mocinho respondeu? Coitado, disse que andava "a ver as vistas" e que tinha caído nos meus perfis [logo os dois] por mero acaso. Eu fui simpático e respondi:
" - Com tantas vistas boas por estes lados tinhas logo de vir ver a pior... "
Se o rapazinho me vai responder ou não, não sei. Nem me interessa. Peço desculpa eu tenho aquela tara das idades, o rapaz tem quê? Vinte anos? Vinte e três? Opá desculpem eu não gosto...
Parece que a senhora minha mãe conhece uma senhora que conhece outra senhora [o infindável elo de cusquices] que tem conhecimentos nos cruzeiros que atravessam aqui o Douro e pode ser que se arranje alguma coisa [ou não]. Como eu sei nadar e não vou ao fundo [para além de não enjoar] parece-me muito bem. Pode ser que o barco faça um desvio e vá parar assim à Finlândia [cof cof] e me deixe por lá.
Há uns tempos falei que o Google Chrome decidiu cortar relações comigo e começar a dar o pifo e foi aí que o Torch passou a ser o meu browser padrão. Há coisa de duas semanas começaram a pedir voluntários para testarem uma nova versão e eu todo contente lá me voluntariei. Mandaram-me o ficheiro de isntalação da nova versão que tinha como principal funcionalidade um acelerador de downloads. Acontece que o mesmo acelerador interfere directamente com o Uploaded.net ou seja não consigo fazer downloads nesse servidor o que me chateia imenso pois é um dos hosts que mais utilizo. Já na altura enviei no e-mail essa informação na esperança que mudassem aquilo na versão final. Mas não mudaram. O browser actualizou-se automaticamente hoje de manhã e agora se quiser fazer downloads no Uploaded só no Internet Explorer, o Firefox é grande demais para o usar somente para downloads. Podiam ter deixado ficar tudo como estava... Porra
Como prometido passei mais um ano sem enfiar uma única sardinha na boca, não sem antes ser literalmente enxovalhado por não comer sardinhas, como se fosse um pecado tão grande como não gostar do Hugh Jackman [o que também é um pecado]. Enfiei não sei quantas pataniscas/pedaços de broa/salsichas/tiras de entrecosto pela goela abaixo, dois pratos de caldo verde [caldo verde servido em pratos, seriously, caldo verde serve-se em tigelas e com chouriça, até eu que sou burro sei isso!]duas fatias de bolos [que por sinal estavam muito aquém daquilo que eu esperava] e um café. Para desenjoar levei com a cara da Fanny Rodrigues, o que é sempre bom. E levei também com algum dinheiro o que é melhor ainda!
Amanhã começo uma formação de Inglês. Inglês Comercial dizem eles. Se eu chegar lá e começaram com "What's Your Name?" viro costas e venho embora. Ou talvez não, eu quero receber o subsídio diário do curso, disse-me o meu pai que mesmo que eu não aprendesse nada ao menos ganhava algum. E é por isso que eu tenho orgulho no meu pai, somos dois gananciosos do pior.
Aquele gajo de Gondomar que passa a vida a cuscar o meu perfil em mais do que um sítio, me manda piscadelas e não sei quê e quando uma pessoa lhe manda uma mensagem a perguntar o que é que ele quer [educadamente, por que a minha vontade era manda-lo ir chupar umas pilas, 'dasse lá pro cusco], não responde. 'Dasse...
Mais uma vez digo que se há pessoa a quem o mistério não excita nem um bocadinho essa pessoa sou eu!
Aqui na terrinha ainda se tem o hábito de fazer destas patuscadas sempre que a ocasião o proporciona. Como no S.João se fazem sardinhadas, amanhã é dia de sardinhada em casa de uma tia minha. Eu não gosto de sardinhas, portanto sardinhadas para mim só valem pelo caldo verde por que de resto, eu e as sardinhas temos uma relação muito conflituosa. Mas estou desejoso por ver as sobremesas que me esperam por que a minha tia tem uma mão [ou duas] para a doçaria que é uma coisa louca, acredito que se a minha mãe fizesse os bolos que ela faz eu não teria este ar de menino da Etiópia.
Vamos lá ter também os patrões da minha tia, um casal muito simpático. A senhora [que foi a alminha que me deu uns Mon Cherrí de que falei num post anterior] é um amor de pessoa. O marido também não é má pessoa, mas quando começa a falar de trabalho, é mais Salazarista do que o Salazar, é dono de uma empresa de construção e tem ar de ditador, até se fala bem com ele mas quando começa a falar de trabalho, fujam que ele é do piorio. Está farto de falar dos negócios que tem em Inglaterra mas ainda não se dignou a perguntar se eu estaria interessado em fazer de intermediário :(
Espero conseguir sobreviver a mais um S.João, e para todos vocês que também celebram esta festividade, um bom S.João, cuidado com as sardinhas!
Acho que já falei aqui da minha preferência por vinho branco/verde. Ontem ao jantar, bebi um copinho na pura da brincadeira e soube-me pela vida. Mais tarde, ao sermos convidados para tomar café em casa de uma tia minha, ao perguntar-me se eu queria uma cerveja eu disse que sim, até por que estava toda a gente a ver e podiam ficar escandalizados logo ali. Ninguém disse nada e lá me pus eu a beber aquilo... De repente a minha mãe pousa os seus olhos de água em mim e berra literalmente:
" - O QUÊ? UMA CERVEJA? JÁ NÃO ESTOU A GOSTAR NADA DESTA MERDA!"
Acho que ela se esquece que a garrafeira cá de casa fica em frente ao meu quarto, se eu quisesse embebedar-me nem precisava de andar muito. Geez
Chamem-me velho [cof cof] mas "no meu tempo" quando se estudava não era necessário fazer grande alarido da coisa, do que se estuda, quando se estuda, do que se come enquanto se estuda. Parece-me que certas pessoas perdem mais tempo a actualizarem os seus estados do que propriamente a estudar. Ou posso estar enganado.
Existem pessoas como eu que saem da Universidade por que não têm dinheiro. Depois existem as outras que já lá estavam a licenciar-se quando eu entrei, e ainda lá continuam a acabar a licenciatura. O dinheiro está muito mal dividido neste mundo! [e a inteligência também diga-se de passagem, dasse]
Danielle Bradbery foi a primeira artista country e a mais jovem participante [16 anos] a ganhar o programa The Voice. Tem uma voz surpreendente para a idade mas sem densidade emocional, com o tempo e trabalho é capaz de fazer uma editora ganhar rios de dinheiro às suas custas.
Parece que o senhor francês vai passar umas férias à Suécia, Portugal é que nada. No fundo [bem no fundo, tipo poço] até lhe fico agradecido. Por que já sei que me vai fazer uma série de pedidos quando cá vier, pedidos esses que eu poderei não lhe satisfazer. Por que é que eu me chateio? Por que é que isso interessa? Se vissem o senhor vocês iriam compreender. Ou talvez não, eu tenho uns gostos esquisitos.
O dia de ontem serviu para me lembrar que há cinco anos estava eu a entrar no Carolina Michaelis para fazer o meu exame de Português. Estudava numa Escola Profissional por isso lá tive de ir feito peregrino fazer o exame numa escola qualquer. Era a que estava mais perto mas nunca lá tinha entrado. Geez aquela porcaria é velha... A sério, está literalmente a cair aos pedaços... Ainda me lembro de ter saído no elevador do metro e ter perguntado a uma menina que passava por lá onde era o raio do Carolina qual não foi meu espanto ela aponta para a minha frente... A vida tem destas coisas né?
Fiz o meu exame de Português na mais completa semiobscuridade, sem antes deixar de dizer meia dúzia de impropérios por ter saído "Os Lusíadas" depois de me ter matado a ler o "Memorial" de propósito [na minha escola nem me obrigaram a ler aquilo tudo até ao fim, por isso já estão a ver a qualidade de ensino que abundava naquele prédio]. Aquilo não era assim tão mau, sejámos sincero, depois que estudei Clarice Lispector na Universidade tive a oportunidade de comprovar isso.
Mal saí da sala de exames tive uma tremenda vontade de fazer daquelas coisas que ninguém pode fazer por nós e mal me virei para uma funcionária que lá estava pude atestar que a senhora lia mentes melhor do que a Tia Maya lê as cartas: " - É as casas de banho menino? São ali ao fundo." - sem eu ter dito uma úica palavra...
Tirei uns brilhantes 13 valores naquele exame, foi o início do fim das minhas boas notas.
Carrie Underwood, o vozeirão destas mulher mata-me. E também me mata o facto de "Good In Goodbye" não ser single, mas isso agora não interessa nada como diz a Teresa Guilherme.
Aqui em casa [ainda] não se chegou ao extremo de se racionar os pães que se comem, no entanto o desperdício de qualquer pão é completamente dispensável visto que os mesmos não são de borla. E é visível o [des]prazer dos meus pais quando a minha irmã decide comer um pão somente ciscando a carcaça e deixando ficar o resto. Sabendo disso, hoje ao almoço perante o entusiasmo da minha irmã ao dizer que ia comer um pão, disse-lhe:
" - Já que vais comer o pão, comes o pão todo!"
Ao que me respondeu o senhor meu pai todo escandalizado:
" - És um ditador! Então a menina não pode comer o pão que lhe apetecer? Come filha, come..."
Aquele comentário foi a sério ou a brincar? Who am i?
Se eu podia viver sem o Salbutamol Sandoz 100microgramas ou o Singulair 10mg? Opá se calhar até podia por que estas porcarias não me estão a servir de nada. A única porra que espero me venha a ajudar está gasta [pois, uma pessoa só se lembra disso quando precisa né?] e a senhora minha mãe ainda não teve tempo de me trazer uma nova caixa. Oh God, como eu odeio o meu sistema imunitário/respiratório/nervoso.
Voltando ao senhor deste post apraz-me dizer que passada uma semana voltou tudo [ou quase tudo] ao que era, o que para mim foi um alívio apesar de tudo e apesar de toda a burrice que a coisa envolve.
Deixei de me preocupar muito com o que vai acontecer daqui para a frente até por que sei que quanto mais planeio as coisas na minha cabeça mais furados os planos saem. Por que esse é um dos meus maiores males, basear tudo num momento ou evento próximo. Portanto partindo do princípio que não acontecerá mais nada é muito mais fácil apreciar coisas tão aleatórias e desvalorizadas mas que raramente encontrei em alguém: o seu sentido de humor. A comunidade homossexual portuguesa leva-se demasiado a sério.
Com conversas sobre temas aleatórios o sexo passa para segundo plano e quando alguém me cativa além desse campo acaba por se tornar quase como um ser assexuado. E quando se partilham tantas coisas, muito para além do corpo, aquela pessoa acaba por se tornar um bocado minha também. Por isso é que custa saber-se que alguém em algum momento, desde que começámos a falar, teve a oportunidade de aproveitar tudo aquilo que há para aproveitar ali.
O pobre coitado disse-me aquilo e logo depois arrependeu-se e pediu-me desculpa, que foi um momento de fraqueza [continuação de desculpas esfarrapadas]. Graças a Deus não sou pai de ninguém e ninguém precisa de me dar justificação do que quer que seja. Mas ele sabia [como eu sabia] que mais valia não ter dito nada.
Quanto mais conheço certas pessoas mais me apercebo da podridão que é Portugal, a sério.
Nunca condenei ninguém ao celibato mas pensei ser suficientemente especial para impedir certas pessoas de irem para a cama de terceiros.
Por que quando uma pessoa diz que está tudo bem é quando as coisas não estão nada bem. Nunca fui grande fã de comer os restos, ou de ser comido por eles.
Há dias falava com um dos frequentadores do curso sobre ter e não ter filhos. O homem falava das instituições que cuidavam dos idosos, do filho dele e de como ele gostava que o filho cuidasse dele quando fosse mais velho assim como ele cuidara dos pais. À minha resposta negativa quanto ao facto de querer ter filhos diz-me ele que é uma segurança pois sabe-se que se terá alguém que cuidará de nós num futuro próprio caso algo nos aconteça [a menos que se zanguem as comadres, então aí está o caldo entornado].
Não lhe disse que estava errado, até por que é verdade, mas parece-me uma razão muito egoísta para ter filhos. Por razões óbvias não poderei ter filhos biológicos e adoptar não está nos meus planos. Não gosto de crianças mas tenho um medo de morte de ficar sozinho, ainda para mais quando procuro sempre pessoas mais velhas e provavelmente ficarei viúvo mais cedo do que aquilo que imagino. Mas como não gosto de crianças, antes só do que mal acompanhado.
Então não é que o homem que passa três horas da sua vida a falar-me de SEGURANÇA e de como devemos ser CUIDADOSOS, me vai deixar o portátil e o projector mesmo à vista dentro do carro e liga hoje de manhã a dizer que foi roubado?
Com a passagem do tempo e a ajudar a migração para o Skype dos meus contactos do MSN, continuei a manter alguns que muito sinceramente nem sei por alma de quem ainda lá estão, só quando aparecem online é que vejo a estupidez de ainda os manter.
Existe um senhor muito simpático [cof] que quando me encontra faz sempre o favor de me perguntar quando se combina um café e não sei quê. Coloquei o "não sei quê" por que sinceramente, vê-se que o homem está mais interessado no "não sei quê" do que no café. E aí é que está.
Eu sou muito brincalhão, gosto de brincar mas dispenso que tentem pregar uma de "brincalhões" comigo, traduzindo, não gosto que me atraiam para uma coisa que sabem ser um engodo para outra coisa completamente diferente.
Depois, fazer aquelas perguntas praticamente a oferecer-se, do género: " -E não tens vontade?"" - E não sentes falta?" somente para se poder oferecer se eu disser "sim" fazem-me sentir como uma das pessoas menos desesperadas à face da Terra. "esse tipo de ideias não as iria partilhar contigo isso te garanto." - foi a resposta que ele levou.
Nunca precisei desse tipo de oferecimento para estar com ninguém graças a Deus.
Ao longo dos anos, primeiro por questões meramente infantis e posteriormente por não conseguir comprar mais nada, enchi o meu roupeiro com roupa preta. Emo, Gótico, Metaleiro, Viúvo Alegre, já ouvi comentários desse género, mas nada me faz arrepender de ter a minha roupa preta. No entanto chegando ao Verão BUM, asma + pó + roupa preta, está criado o meu pior pesadelo.
Gostava de poder usar amarelo ou cor de rosa como muitos rapazes usam, mas não consigo. E o Verão faz o favor de me castigar por isso.
Sugerida pelo site Addic7ed esta série Britânica é no mínimo original, ainda só foram exibidos três episódios mas espero que continue por mais uns quantos.
A história gira à volta de Tom Chadwick [interpretado por Chris O'Dowd que alguns de vocês devem conhecer de filmes como "Bridesmaids" ou "Aguenta-te Aos 40!"] e começa quando este recebe um baú repleto de "tralhas velhas" como herança da falecida tia, Entre as várias coisas que lá encontra, depara-se com uma foto que julga ser de um seu antepassado e a partir daí começa a sua busca incessante pelas suas origens.
Para o acompanhar tem a sua irmã Bea, uma mulher ventriloca que anda sempre acompanhada pelo seu macaquinho Monkey, o seu amigo inusitado Peter e o Pai viciaido em séries Indianas.
Mediante a apreciação do típico humor britânico esta série pode ou não agradar-vos visto que não assenta nos moldes das comédias norte-americanas mas se procuram uma alternativa para as mesmas, dêem uma oportunidade a Family Tree.
Ok, eu estava super curioso para ouvir esta versão da "Euphoria". Quando comecei a ouvir pensei honestamente que era uma cover ranhosa de um coro qualquer, a sério...lol
1:37:
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3:10
Olha a Loreen também entra!
Esta versão está tão potente meu Deus do Céu, a sério, coros + tambores + cordas + voz da Loreen, sou uma criança feliz.
Cá em casa temos dois carros, um de cinco e outro de dois lugares respectivamente. Por vezes vejo o meu pai atarefado a lavar os ditos e pergunto a mim mesmo: " - Deveria eu ir ajudá-lo? Coitado do homem..." Mas depois penso: " - Nah, se não tenho maturidade para conduzir também não tenho maturidade para lavar carros."
Custa-me falar do "mau ambiente" que tenho em casa quando existem pessoas que lidam com problemas de alcoolismo, violência doméstica e afins, mas sempre evitei medir a minha felicidade em contraponto com as desgraças alheias. Por isso, por muito mal que outras pessoas possam estar, nada atenua o que sinto em relação ao ambiente familiar que me circunda.
Vivo num ambiente em que não fui obrigado a aprender nada e em que não se interessaram em saber se eu aprendia ou não, a preocupação era os estudos. Agora que os estudos estão concluídos e não sei fazer grande coisa, a idade é o melhor argumento para fazer notar a minha inutilidade.
Tenho 23 anos, já me falaram que se não começo a descontar rapidamente irei ficar com uma reforma misera. Se eu ainda estivesse a frequentar o mestrado que iniciei no ano passado também não estaria a descontar, mas isso não interessa. O que interessa é que eu não tenho trabalho e isso cá em casa parece o fim do mundo, como se grande parte dos portugueses não estivesse desempregada, como se os meus pais não juntassem dinheiro todos os meses, como se a minha mãe não tivesse comprado uma carteira e porta moedas cavalinho o mês passado, como se eu não tivesse uma conta bancária que não é propriamente pequena, como se eu não vivesse numa aldeia onde uma viajem para a cidade mais próxima custa 3,55€, como se eu tivesse culpa de não ter experiência pois a mesma só se consegue trabalhando e o trabalho só se consegue com experiência.
Chego a um ponto em que questiono se o problema é meu ou do meio que me rodeia. Serei inútil ou as restantes pessoas extremamente exageradas? Quero acreditar que é a segunda opção. Muitos dos problemas de saúde que tenho sentido nos últimos tempos advêm do ambiente degradante que aqui se vive, um ambiente onde as pessoas que estão no fundo são gentilmente empurradas ainda mais para baixo, como que a ajuda-las a ter uma maior percepção da fossa.
